quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Imagine-se em uma prisão de segurança máxima, onde há apenas uma pequena abertura para o sol ou o luar. Imagine-se trancado, sozinho, no gélido ambiente que faz fugir sua alma. Imagine-se com uma sentença cuja extensão desconhece, mas você sabe, esta é a maior sentença que qualquer criminoso poderia receber. Imagine-se passar quase duas décadas nesta mesma pequena, estreita, claustrofóbica cela escura, onde você mal consegue respirar o ar condensado. Você já tentou fugir, você já tentou de tudo, até mesmo ser um bom prisioneiro, acatando ordens e violações absurdas, rebaixando-se à condição de pedregulho sem valor, afinal, qualquer medida para conquistar uma condicional ou uma diminuição de sua pena seria válida. É sua esperança.
É, você não pensa diferente dos demais detentos. Mas, diferente deles, para você, tudo vai por água abaixo, sempre. A cada momento sua pena aumenta cada vez mais, ao passo que você esperava o contrário. É como se cada dia de sua vida fosse um crime impiedoso. Você já não tem mais salvação. Ansiedade. Tristeza. Agonia. Pesar. Alguém já perguntou a você como é viver do outro lado das grades?

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